A cada dia que se passa percebo como a fragilidade faz parte desta vida. A própria vida é frágil, a saúde é frágil, os relacionamentos são frágeis, o corpo é frágil, a alma é frágil, o equilíbrio é frágil, a amizade é frágil. Para se construir leva algum tempo, mas para destruir...! Uma coisa frágil é aquela que tem facilidade de se quebrar, se deteriorar; alguma coisa instável e sem resistência. Na verdade o que é estável nesta vida? A vida se ‘alimenta’ da sua própria morte paulatina. Nascemos sabendo que logo morreremos. Morremos a cada dia, dizem alguns; tentamos parar, retardar, correr atrás, ou melhor, correr para trás, da decretação infalível da vida, a morte. A certeza da morte nos faz viver na sua contramão. Por isso mesmo nos envolvemos em terríveis acidentes! Precisamos andar para frente, evitando e corrigindo os desgastes que com certeza virão.
A constatação da fragilidade na vida não nos isenta da responsabilidade de viver. A ilusão de fortaleza na mesma, um prelúdio da decepção e do fim! O salmista pediu: “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade”. Existe um perigo muito grande em pensar: que é forte ‘em si mesmo’; nas conquistas atuais e ‘irrevogáveis’; nas posses ‘bem guardadas’; nos exemplos ‘infalíveis’; na saúde ‘para dá e vender’; na inteligência ‘de última geração’; na beleza ‘inviolável e permanente’; na fé ‘inabalável’; na moral ‘ilibada’; na disciplina ‘total’; nas emoções ‘equilibradíssimas’; na amizade ‘para todas as horas’; na família ‘indestrutível’; na igreja ‘luz inigualável’; na segurança ‘impenetrável’. Mas qual o perigo de assim acreditar, fundamentar, sistematizar, intuir etc.? O perigo é que tudo isso é ilusão! Tudo isso existe, mas em proporções imensamente menores às propagadas. Força, que se acaba, se esvai; conquistas, passageiras, a bem dizer; posses, que são ‘roubadas’, por alguém, nem que seja a doença ou a morte; exemplos, que nos decepcionam, às vezes, pelo menos algumas vezes; saúde, que nunca é perfeita, quem procura acha; inteligência, ínfima, em relação ao todo existente; beleza, superada a toda hora; fé, que às vezes quase resvala; moral, flutuante, a depender do contexto, a depender do lado que se está; disciplina, total, só por um tempo; emoções, que sobe e desce; amizades, destruídas por outras ‘melhores’; famílias, que se desmantelam na perda de um ente; igrejas, ofuscada pela humanidade caída e prepotente; segurança, que se rebenta na mira de um menor.
A nossa responsabilidade de viver, deve nos fazer viver intensamente a vida passageira; justamente por ser passageira. Vale à pena aproveitar as conquistas, vitórias, potenciais, até as fraquezas, o conhecimento, ou falta dele, as intempéries, as limitações, os imprevistos, a data ‘marcada’ para deixar de ser, aqui; para fazer valer a nossa peregrinação. Como então fazer valer a nossa vida? Estando cientes, é claro, da sua fragilidade; afastando os sentimentos, pensamentos e atitudes sugadores da mesma, já tão frágil; ‘perpetuando’ o que somos, nos outros seres passageiros; recomeçando das cinzas; lembrando das coisas que dá esperança; vivendo a esperança no ser suficiente, Deus; acreditando que esta vida, é semente da ‘próxima’; chorando, reconhecendo, rindo, lutando, às vezes se ‘entregando’, para reservar forças para outras guerras maiores; querendo ser tudo aquilo que pode ser; rejeitando sonhos alheios; entendendo os planos eternos para seres terrenos; guardando o seu território pelo amor, a Deus, a si mesmo e ao próximo; não se exigindo mais do que pode dar; e por fim, aprendendo a aprender lições tão rotineiras e repetitivas da vida comum. Algo ainda mais excelente: aprendendo com quem conseguiu tirar forças da fraqueza humana, Jesus; Ele venceu pela sua entrega total, a Deus, o pai; aos seus; à vida frágil e à sua missão.
Pr Vanilson Alcântara
A constatação da fragilidade na vida não nos isenta da responsabilidade de viver. A ilusão de fortaleza na mesma, um prelúdio da decepção e do fim! O salmista pediu: “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade”. Existe um perigo muito grande em pensar: que é forte ‘em si mesmo’; nas conquistas atuais e ‘irrevogáveis’; nas posses ‘bem guardadas’; nos exemplos ‘infalíveis’; na saúde ‘para dá e vender’; na inteligência ‘de última geração’; na beleza ‘inviolável e permanente’; na fé ‘inabalável’; na moral ‘ilibada’; na disciplina ‘total’; nas emoções ‘equilibradíssimas’; na amizade ‘para todas as horas’; na família ‘indestrutível’; na igreja ‘luz inigualável’; na segurança ‘impenetrável’. Mas qual o perigo de assim acreditar, fundamentar, sistematizar, intuir etc.? O perigo é que tudo isso é ilusão! Tudo isso existe, mas em proporções imensamente menores às propagadas. Força, que se acaba, se esvai; conquistas, passageiras, a bem dizer; posses, que são ‘roubadas’, por alguém, nem que seja a doença ou a morte; exemplos, que nos decepcionam, às vezes, pelo menos algumas vezes; saúde, que nunca é perfeita, quem procura acha; inteligência, ínfima, em relação ao todo existente; beleza, superada a toda hora; fé, que às vezes quase resvala; moral, flutuante, a depender do contexto, a depender do lado que se está; disciplina, total, só por um tempo; emoções, que sobe e desce; amizades, destruídas por outras ‘melhores’; famílias, que se desmantelam na perda de um ente; igrejas, ofuscada pela humanidade caída e prepotente; segurança, que se rebenta na mira de um menor.
A nossa responsabilidade de viver, deve nos fazer viver intensamente a vida passageira; justamente por ser passageira. Vale à pena aproveitar as conquistas, vitórias, potenciais, até as fraquezas, o conhecimento, ou falta dele, as intempéries, as limitações, os imprevistos, a data ‘marcada’ para deixar de ser, aqui; para fazer valer a nossa peregrinação. Como então fazer valer a nossa vida? Estando cientes, é claro, da sua fragilidade; afastando os sentimentos, pensamentos e atitudes sugadores da mesma, já tão frágil; ‘perpetuando’ o que somos, nos outros seres passageiros; recomeçando das cinzas; lembrando das coisas que dá esperança; vivendo a esperança no ser suficiente, Deus; acreditando que esta vida, é semente da ‘próxima’; chorando, reconhecendo, rindo, lutando, às vezes se ‘entregando’, para reservar forças para outras guerras maiores; querendo ser tudo aquilo que pode ser; rejeitando sonhos alheios; entendendo os planos eternos para seres terrenos; guardando o seu território pelo amor, a Deus, a si mesmo e ao próximo; não se exigindo mais do que pode dar; e por fim, aprendendo a aprender lições tão rotineiras e repetitivas da vida comum. Algo ainda mais excelente: aprendendo com quem conseguiu tirar forças da fraqueza humana, Jesus; Ele venceu pela sua entrega total, a Deus, o pai; aos seus; à vida frágil e à sua missão.
Pr Vanilson Alcântara
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