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Para os livres pensadores e para aqueles que não se dão ao trabalho de pensar


             Alguns dizem que o homem já tem tudo preparado no mundo das idéias; e que ele vai adquirindo “conhecimento”, na medida em que vai se lembrando dessas coisas em contato com o mundo visível. Para outros, o homem é como uma tábula rasa, ou seja, sem nada e que vai adquirindo o conhecimento através das vivências. Biblicamente, podemos afirmar que o homem começa a se expressar desde o ventre materno. Temos como exemplo o caso de João Batista no ventre de sua mãe. Bom, nosso objetivo é questionar o nosso tema. Será que existem livres pensadores? O que na verdade seria essa liberdade de pensar? Em contra partida, será que é possível não pensar?
Claro que não. Nossos pensamentos são frutos do acúmulo de pensamentos de outras pessoas, de todos os tempos, em todos os lugares que de certa forma chegaram até nós. É certo que o homem tem, dado por Deus, a capacidade de refletir e criar. Ele cria a partir do criado. Idéias geram novas idéias. Por ai percebemos que não é exato, que o pensamento é totalmente livre. Ou seja, totalmente original. Isso não o diminui; mas tira a arrogância dos pretensos superiores. Quanto à ignorância dos que não querem pensar; a total insensatez, pois eles estão pensando os que os outros pensam, sem nenhum tipo de reflexão. Qual pois seria a diferença básica entre essas formas de conhecimento? Basicamente que o que não pensa, sem perceber, ou percebendo, está sendo levado por alguém que pensa, como a soma dos pensamentos adquiridos.
Sendo assim, gostaríamos que os “livres pensadores” incluíssem o cristianismo, com muito carinho, no seu turbilhão de pensamentos. Não é sensato excluir um dos maiores, se não o maior sistema de pensamento (e muito mais) que tem influenciado e mudado muitas etnias. Para os que não querem pensar, meus pêsames, pois se já não morreu, morrerão.
É obvio que o cristianismo também sofreu influencia de outras formas de pensar. Se assim não fosse, estaria totalmente fora do mundo e não seria possível haver uma compreensão sensata. “E, finalmente, o que foi semeado em boa terra; este é aquele que ouve a palavra e a ENTENDE, e dá uma colheita de cem, sessenta e trinta por um” (Mt. 13:23). Apesar de estar dentro de um contexto histórico, diga-se de passagem, que esse é um dos diferencias do cristianismo; ou seja, é inegável a historicidade do Jesus, o Cristo; ele não é fruto de mentes mirabolantes. Existem outras características no cristianismo que não podemos relevar. Por exemplo: O grande exemplo do seu fundador; o fundamento do amor, demonstrado na encarnação do Filho de Deus e na sua vida; a afirmação de que o homem é limitado e que só através de um salvador, semelhante a ele, conseguiria se salvar, sem contudo desprezar a responsabilidade do mesmo na sua redenção; a busca da divindade pelo homem, com o propósito de abençoar, e apesar de conter algumas exigências como padrão de vida, resumiu em apenas duas: amar a Deus e ao próximo como a si mesmo.
Bem, acho que conseguir despertar em você pensador, o desejo de conhecer melhor o cristianismo. Espero ter chocado o não pensante, a deixar sua inércia e transferência e a assumir a sua responsabilidade por si mesmo e pelos outros. Ah! Aqui está um dos grandes diferencias do cristianismo: Ele tem um aspecto pessoal e coletivo. Ou seja, eu sou uma pequena pedra num grande edifício. Uma parte de um grande corpo. Eu tenho que assumir a minha parte, mas não posso me dar ao luxo de ficar sozinho deixando os outros se virarem.!
Pr. Vanilson Alcantara

2 comentários:

  1. Parabéns, Pastor. Texto excelente em ideia e forma. Bom de ler e insentivador à reflexão.
    Quanto às questões levantadas, eu penso que o nosso pensamento só é livre quando ainda pairam desorganizados no inconsciente, no mundo das idéias. Até há algo 100% original porque somos dotados de tal capacidade, porém pensar é algo tão universal e já evoluiu e já está tudo tão pronto que no processo de organização de nossas próprias ideias perdemos muito do que é puro e só nosso. Temos sempre que embasar em algo mais.
    As cordas que enlaçam o nosso pensar são formadas por muitos outros pensares externos a nós. E por aquilo que enlaça, prende, forma elo em nossos pensamentos não pertencer a nós, ser externo é que entendo que não sou um livre pensador. Mas que posso ter um pensamento que liberta se a base dele for, sim, o cristianismo. Se o que - não apenas, mas antes de tudo – sustenta as minhas ideias for a Palavra, então minha reflexão encontra maior liberdade e passa a ser mais minha, pois somos mais donos de nós mesmos quando somos pertencentes a Deus, Sua vontade, Seus desíngios, Sua ideias.
    Sobre o não pensar, acho isso impossível. O pensamento, a reflexão, os projetos da mente são a nossa maior caracteristica. Há sim os que pensam mal. Os que se acomodam com as ideias mastigadas que nos chegam. Ou pior ainda, as ideologias confortáveis que nos levam apenas para o caminho do agrado e daquilo que nos conforta sem nos confrontar em nenhum sentido. É isso que nos desvia de nós mesmos sem que percebamos (até por não saber que somos de verdade). Daí o pensamento das massas acabar conduzindo o homem para um mau fim. Um fim não pensado.

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