A nossa sociedade é massificada maciçamente pela cultura
hedonista. Hedonismo do grego hedonê, “prazer”, que é uma teoria ou doutrina filosófica
que afirma ser o prazer o supremo bem da vida. Tendo representantes como: Aristipo de Cirene
e Epicuro. Esse termo foi sendo aplicado para essa forma desvirtuada, exagerada
e exploradora, dos cafetões milionários, acerca do prazer e com ênfase no sexo.
Os realities shows; os programas dos sábados e domingos da telinha; as
manchetes de jornais, as páginas de todos os provedores; as vitrines no bairro
da luz ‘vermelha’ na Holanda, com prostitutas vendendo os seus ‘serviços’ nas
vitrines e testes com a exposição, também, de homens com o bordão: “agora
também as mulheres tem o seu direito”. Comercial no Reino Unido, de presunto,
aonde expõe à nudez de homens e mulheres, num ambiente natural, tendo a justificativa que 'o nosso presunto é natural, por
isso expusemos eles nus, num local natural'. Campanhas de cervejas com jovens seminus;
venda de carros, com musas; protestos, diversos, com pessoas nuas; casal, no
Rio de Janeiro, fazendo sexo, na maior, em plena luz do dia, para quem quiser
vê; mulher que tira a roupa e sai desfilando pela praia; Latino, com versão de ‘Gangnam
Style’ do rap sul-coreano Psy, aonde aparece com um monte de mulheres, com
insinuações sexuais; novelas que incentivam a ‘união’ de um homem com várias mulheres;
e por fim o cúmulo do absurdo, com recheio de astúcia carnal-satânica, o leilão
da virgindade de jovens pela rede. E para nossa maior tristeza, sendo a moça
uma brasileira; que infelizmente ‘reafirma’ a má fama do Brasil como um país de
‘mulheres’ vulgares. Além das nossas ‘músicas’, com suas dançinhas sensuais.
O prazer faz
parte da vida. Uma boa alimentação; uma necessidade fisiológica satisfeita; a
apreciação do belo; o sexo; uma boa música; o amor vivenciado numa relação
permanente etc. Qual o problema então? O prazer não é o bem supremo da vida. A
vida é o seu próprio bem supremo. A boa alimentação implica em qualidade. O
belo, só com o bom. O sexo alcança o seu ápice, só no amor. O que nos parece é
que estamos vivendo os dias semelhantes aos de Sodoma e Gomorra. São dias de
muita promiscuidade; de ‘desconstrução’ de princípios divinos e naturais; de perda
de valores morais, ou pior ainda, estamos nos tornamos seres anormais e
amorais; o limite? É o ‘céu’! É, na verdade, o limite é o céu. O pecado está atraindo
a justiça de Deus; o céu interferirá na terra. Realmente o mundo está se
tornando o que retrata o filme ‘idiocracia’: Um lugar de pessoas superficiais; acostumadas
com a vida fácil; viciadas na mediocridade e no sexo sem fronteiras; raquíticas
de essência e idiotas quanto à vida. Verdadeiras bestas. Não estranhemos quando
a bestialidade se tornar aceita e apreciável. O ser humano está se tornando
mais amantes dos prazeres que amantes de Deus. O prazer pelo prazer destrói a
vida. O prazer em favor da vida a embeleza mais.
A cultura hedonista é uma cultura autodestrutiva;
aonde o prazer, em dose exagerada, mata o seu cliente, que necessita do prazer
em doses normais. A cultura hedonista ofusca o brilho, a beleza, do homem
interior, que permanece e dá sentido à vida; enfeitando de plumas e paetês a
carne que está fadada à corrupção. Diz as escrituras: “Porque esta é a vontade de
Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso
em santidade e honra, não na paixão da concupiscência, como os gentios que não
conhecem a Deus; ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é
vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e
testificamos. Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação.
Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o
seu Espírito Santo”.
Eu
quero viver e propor uma cultura bíblica espiritual. Uma cultura que não nega o
prazer legítimo, mas o mantém no seu lugar e nas medidas certas. Deus fez um
homem e uma mulher; num lugar lindo; em pleno vigor da juventude; com a
permissão de viver abundantemente, com uma pequena restrição: “Não passe do
limite que eu estabeleci, será a sua destruição”. Mas, o homem preferiu viver
pelo que vê; viver pelo que sente, desejo carnal; viver pelo que passa
rapidamente; ‘aproveitemos o máximo, porque amanhã morreremos!’ Vivem assim
relações ‘profundamente’ rápidas; ‘intensamente’ passageiras; ‘grandemente’
rasas. Verdadeiras utopias. Está escrito: “Não ameis o mundo, nem o que há no
mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há
no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência;
mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre”.
Eu
quero viver e propor uma cultura bíblica espiritual. Uma cultura que não nega a
realidade, o natural, mas que entende que: “não atentando nós nas coisas que se
vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais,
enquanto as que se não vêem são eternas”. Uma cultura que desenvolve a sua
espiritualidade, num mundo altamente carnal, estabelecendo para si o padrão
bíblico. “Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne;
mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a
inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à
lei de Deus, nem em verdade o pode ser; e os que estão na carne não podem
agradar a Deus.Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o
Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo,
esse tal não é dele. Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está
morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça”.
Eu
quero viver e propor uma cultura bíblica espiritual. Uma cultura que faz
concerto com os olhos, com a mente e com o coração; de poupá-los, o máximo possível,
dos venenos net-globais-record e tudo mais; e entregá-los à contemplação do
filho amado do seu amor, Jesus. Em meu lugar o que veria, pensaria, sentiria,
faria e desfrutaria Jesus. O que dá maior ‘prazer’ a Deus? Dará a mim também!
Que
Deus nos ajude!
Pr. Vanilson Alcântara
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